sexta-feira, 30 de abril de 2010

Feliz Dia do Trabalhador.

Meu nome é Daniela Faber, tenho 35 anos. Contrariando todas as expectativas me formei em jornalismo. Digo isso porque éramos só minha mãe e eu, ela empregada doméstica, sozinha, recebendo um salário mínimo. É com tristeza que admito que, nos últimos dez anos, os planos de aperfeiçoamento profissional tiveram que ser arquivados e que, por isso, meu currículo não é tão rico quanto eu gostaria ou quanto os empregadores esperam. E neste Dia do Trabalhador, não tenho um trabalho pelo qual comemorar...

Realizado o sonho de fazer uma faculdade, minha intenção era quitar a dívida do Crédito Educativo Federal e terminar de pagar o meu apartamento para, então, dar sequência ao aprendizado. Voltar aos bancos universitários para incrementar o currículo com cadeiras dos cursos de Letras/Inglês e Letras/Espanhol, para ampliar horizontes com o domínio de idiomas que julgo indispensável e atuar como tradutora; Relações Públicas para qualificar o atendimento a clientes; e Pedagogia, para atuar como voluntária na alfabetização de adultos; entre muitos outros.

Antes de poder pôr em prática todos esses planos, no entanto, a vida começou a dar errado. Primeiro foi o falecimento da minha mãe que, além da dor da perda, rendeu muitas dívidas. Exatamente um ano depois, fui demitida do jornal onde trabalhava e cujo salário me era satisfatório, pois aparentemente a crise financeira e os cortes de gastos não vieram só para mim. Desempregada e sozinha, ou trabalhando em empresas onde, quando era paga, recebia pouco, acabei tendo que me desfazer do apartamento que tanto sonhei para conseguir me manter.

Para me sustentar, aceitei atuar em áreas completamente alheias à minha formação, como bilheteira de cinema, balconista, atendente de locadora de vídeo; operadora de rádio-táxi; babá. Nada disso pagava o bastante para que eu pudesse dar continuidade ao meu crescimento profissional. De muitos empregos acabei demitida por corte de gastos, pois eram empresas pequenas, em algumas, onde eu era a única funcionária. De outros, a iniciativa de sair foi minha, pois almejava algo melhor.

Minha intenção agora é trabalhar em algo que, mesmo fora de minha área de formação, me permita retomar meu crescimento profissional para, então, poder contribuir ainda mais com a empresa que me admitir. Tenho muita vontade de aprender coisas novas, disposição, iniciativa, agilidade e bom relacionamento interpessoal. Por enquanto, tenho apenas me sentido uma inútil...

Mas, àqueles que têm um emprego, e especialmente àqueles que amam o que fazem... Feliz Dia do Trabalhador.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Nove anos sem você.

“Hoje estou triste alegre. Triste porque você se foi. Alegre porque você viveu.” Peço licença para tomar emprestadas as palavras do Rubem Alves neste dia em que se completam nove anos que perdi minha mãe. Ela que enfrentou dificuldades financeiras e preconceito para me criar sozinha e encheu nosso pequeno lar com amor, carinho e esperança. Me ensinou que valia à pena sonhar apesar de tudo; a dar valor às pequenas coisas; e que honestidade ainda é importante, apesar do mundo em que vivemos. Mesmo tendo cursado apenas até a quarta série do ensino fundamental amava ler e, com isso, serviu de exemplo para cultivar bons hábitos, como ler, ouvir música, assistir filmes, fazer artesanato. Me ensinou a amar a natureza e os animais. Me protegeu até onde pôde da maldade das pessoas mas, quando fui machucada, ela sempre esteve lá para me dar apoio e ajudar a curar as feridas.
Quando eu tinha crises de asma no meio da noite fria, era ela quem me carregava no colo até hospital, já que não tinha dinheiro para o táxi. Era ela quem encapava meus cadernos com papel de presente estampados de bichinhos para deixar meu material escolar bonito e bem-cuidado. Foi ela quem batalhou por uma bolsa de estudos em uma escola particular, para que eu tivesse a educação que ela não teve, para não ter que passar pelas dificuldades que ela passou. Ela que sempre foi honesta comigo e me deixou à vontade para conversar sobre tudo, inclusive sobre sexo. Ela foi a única da família a ficar do meu lado quando decidi fazer faculdade, enquanto os demais achavam que eu deveria pôr freio nos meus sonhos.
Só Deus sabe a saudade que eu sinto, a falta que ela me faz. Sei que um dia nos encontraremos novamente, mas tem horas que nem essa certeza me conforta. Sinceramente, hoje agradeço por ela ter partido numa época de minha vida em que eu estava bem, feliz, com sonhos realizados e cheia de planos. Feliz por ela não estar aqui agora, presenciando minha coleção de fracassos. Mas, certamente, se ela estivesse comigo, eu teria mais forças para continuar lutando, para continuar sonhando, para seguir em frente sem me sentir assim, tão desamparada. Ainda bem que pelo menos o amor é para sempre.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Versões de Felicidade.



Dia desses, no Twitter, meu querido músico Steve Carlson postou a foto acima com a legenda “Happiness”. Para ver que a felicidade está mesmo nas coisas simples da vida, até mesmo para um cara que passa a vida inteira viajando o mundo inteiro (ou quase) fazendo o que ama. David Coimbra já publicou pelo menos dois textos na Zero Hora reverenciando os pequenos prazeres, como ficar em casa, sozinho, lendo um livro e assistindo um bom filme acompanhado de um bom vinho, mesmo num sábado à noite. Então resolvi produzir a minha versão da foto do Steve.


Divaldo Pereira Franco em Bento Gonçalves.

Sou uma privilegiada. Eu e o povo de Bento Gonçalves. Pois no próximo dia 25 de abril, domingo, a partir das 15h, o querido Divaldo Pereira Franco estará na cidade para uma palestra intitulada Jesus: o médico de almas. O evento será no ginásio municipal de esportes e os ingressos estão à venda nas Casas Espíritas e na Loja Solução e Arte por apenas R$ 10. Eu já garanti o meu. Enquanto isso, quem puder deve ir ao cinema e conferir o filme Chico Xavier. A história de um grande exemplo para todos nós.

Para atrair atenção.

Ando meio sumida, perdoem-me os leitorinhos. É que estou mesmo sem assunto, distraída na procura por um emprego e curtindo o friozinho debaixo das cobertas nesta que é a minha estação preferida do ano, o outono... Procuro manter a mente ocupada para a depressão não ter espaço, lendo, ouvindo música e assistindo meus seriados, apesar de a minha televisão estar apresentando uma certa interferência. Duvido que algum conversor poderá deixar o meu aparelho com a imagem digital prometida nas propagandas... Vejam na foto abaixo como eu tenho assistido CSI Miami. Um doce pra quem adivinhar que interferência é essa!




Acertou quem disse que é o rabo do Damasco que, como todo gato que se preze, faz tudo para atrair a atenção do dono, no caso, dona. Dia desses eu ganhei um relógio de parede da minha querida amiga Aline, com um olhar felino azul estampado. Escolhi um lugarzinho especial na parede ao lado da minha mesa de trabalho. Foi onde o Damasco resolveu ficar sentado, encarando o “intruso”, feito o Dean no episódio Yellow Fever, na quarta temporada de Supernatural. Sem contar que não posso sentar que em menos de cinco minutos tem um carinha ocupando meu colo. Não é à toa que até a Martha Medeiros se rendeu ao charme felino. Os gatos são ótima companhia.


.