quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Vitrine Viva.

Aqui em Bento Gonçalves existe uma loja chamada Basso Modas que, por sua vez, possui a vitrine mais bonita da cidade, na minha humilde opinião. Tudo porque nela existe um manequim vivo muito especial. É Melody, a gata de um dos vizinhos, que se aproveita da porta aberta para tirar seus cochilos entre as roupas em exposição. As reações de quem passa na rua são diversas, desde ficar em dúvida se é realmente um gato ali, sorrir pela cena e até tentar comprar a bichana. Tanto que já foi colocado um cartaz improvisado junto dela: “O mimi é de verdade e não está à venda. Obrigada.”



Disfarçada de Abajur.

Como uma mãe muito responsável que sou, levei Misha para castrar. Já foi uma tortura no caminho até a clínica, porque ela foi miando o tempo inteiro, miados tristes de quem acredita que será abandonada pela segunda vez. Já no veterinário, quando ela foi levada para a parte de trás onde ficam as jaulinhas, gritava tão alto que eu ouvia da rua. Resultado: fui chorando pro trabalho.

Eu achava que o mais difícil seria passar uma semana longe da minha pequetusha...

Embora tudo tenha corrido bem na cirurgia, fui chamada para buscá-la no quarto dia porque ela não se alimentava. Um tanto feliz por ter minha pretinha de volta, um tanto triste por encontra-la um fiapinho de gata de tão magrinha, levei a pobrezinha para casa, com o tal colar elisabetano e tudo. Parecia que estava disfarçada de abajur. Os dias seguintes foram uma comédia: ela esbarrava em tudo com aquilo e, na tentativa de se livrar do estorvo, dava quatro, cinco passos para trás. Cômico.

Enfim, agora as coisas voltaram ao seu normal. Misha se livrou do “abajur” e dos pontos, recuperou o peso e está a gata mais sapeca do mundo. Já Damasco, que achou por alguns dias que era o dono do campinho de novo, está rabugento pela volta da concorrência. Mas quando a mamãe chega em casa estressada depois de um dia de trabalho, eles se unem para me animar. Tem coisa melhor?



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